O Livretu é um...

Minha foto
Porto Alegre, RS, Brazil
Blog dedicado à livre literatura. Poemas, contos, crônicas, músicas, palavras ao vento... e o que te fizeres viajar pela imaginação. O LIVRETU é livre, e surgiu da idéia de alguns amigos dividirem suas produções, delírios, sonhos, alegrias e letras. Envia tuas composições também! Faça parte dessa grande esfera literária. É livre. E como fala nosso grande Drummond: Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação (duvidosa) da vida, Mas a poesia (inexplicável) da vida. Envia para livre_tu@hotmail.com tuas idéias. O blog já fez 2 anos e comemora com uma mini-edição impressa e uma confraternização de artes, o ORGIARTE, ambos indo para a sétima edição.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

De manhã

Dois espíritos inquietos

na ânsia do concreto;

que deve ser fluido e transitório,

para escapar do óbvio.

À luz do dia não se olham

ou apenas trocam palavras e gestos temerosos.

Tudo para que na insanidade da madrugada

possam desfrutar a nova morada.

Ao acordarem, suas almas se afastam

e se perdem novamente. Ele sempre buscando acumular

mais olhares femininos; Ela,

continua com medo de perder o frio na barriga.

Lú.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

É ela?



Algo que muito me encanta nela é seu sorriso.

Cara, como o sorriso dela me encanta!

Minha cara, teu sorriso me encanta.

Sorria. Sorria...

...

Por que só assim meu rosto sorri.

Minha cara sorri.

Minha alma sorri.

Sorria, minha cara,

e me faça sorrir...

Luiz Fernando Gutierrez

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

PROFESSOR

O professor disserta
sobre ponto difícil do programa.
Um aluno dorme,
cansado das canseiras desta vida.
O professor vai sacudi-lo?
Vai reprendê-lo?
Não.
O professor baixa a voz
com medo de acordá-lo.




C. D. de Andrade

sábado, 2 de outubro de 2010

Desespero

Não há nada mais triste do que o grito de um trem no silêncio noturno. É a quiexa de um estranho animal perdido, único sobrevivente de alguma espécie extinta, e que corre, corre, desesperado, noite em fora, como para escapar à sua orfandade e solidão de monstro.




Quintana