O Livretu é um...

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Porto Alegre, RS, Brazil
Blog dedicado à livre literatura. Poemas, contos, crônicas, músicas, palavras ao vento... e o que te fizeres viajar pela imaginação. O LIVRETU é livre, e surgiu da idéia de alguns amigos dividirem suas produções, delírios, sonhos, alegrias e letras. Envia tuas composições também! Faça parte dessa grande esfera literária. É livre. E como fala nosso grande Drummond: Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação (duvidosa) da vida, Mas a poesia (inexplicável) da vida. Envia para livre_tu@hotmail.com tuas idéias. O blog já fez 2 anos e comemora com uma mini-edição impressa e uma confraternização de artes, o ORGIARTE, ambos indo para a sétima edição.

domingo, 31 de maio de 2009

Versos Velozes


A poesia não pede passagem, palavras não precisam “permiso”...

A poesia chega,

mete o pé na porta,

revira toda a casa,

amassa as roupas,

abre todas as janelas e todas as torneiras,

liga todas as tomadas,

faz os objetos flutuarem...

Faz da casa uma orelha atenta.

Falta ar,

os olhos olham pra dentro sem centro,

a boca se enche de nada;

tudo sob a lei da gravidade dos versos;

tudo disperso, imerso, reverso.

As quatro bocas do fogão, ligadas.

Panelas borbulhando. O forno aberto.

Para onde vão os versos do poeta... vamos juntos, vamos todos.

Pode cair a casa que não nos moveremos enquanto não acabar o poema.

Pode ter um terremoto que sou todo ouvidos à suspiros ou gritos.

A poesia vem... e como ela chega ela vai.

Mas quando ela está, só vai... e há o flutuar de tudo. Há o flutuar...

Fernando Saldanha

falar: verbo demasiadamente humano

eu falo
tu falas
ele fala
ela fala demais
nós cantamos
eles bebem
vós falíveis

faladeira, a lavadeira
falastrão, o canastrão
ah, se meu fuca falácia

metralha, metralha
desdobra e enrola
fala no cel
fala do céu
sussurra, grita
geme e ronca
mas fala!
menti, xinga!!!
mas fala direito!
pelo amor de deus, fala!
beija,
ama e...
cala
Zorba Arámburu

sábado, 30 de maio de 2009

DECLARAÇÃO

Amo
a luminosidade líquida
dos teus olhos verdes
a generosidade tenra
do teu colo branco
O escarlate rútilo
da tua boca crua
O desalinho elegante
dos teus cabelos
o perfume em teus poros
o áspero em teus pêlos
O viço do teu dorso
todo assim, tão roliço
o brilho pálido da tua pele
dentro do quarto escuro
Em toda a extensão
sobre a cama
o teu corpo nu
tudo o que
enfim
és tu

Levi Orlando

terça-feira, 26 de maio de 2009

Transilvânia

querida

queria tocar teu coração

mas no sentido exato...

pegá-lo, arrancá-lo de ti e acariciá-lo...

sentir ele em minhas mãos

sentir ele bater

sentir ele bater mais forte

ah, que coração!

que sentimento!

que natureza!

que força da natureza!

querida

queria tocar na tua face

mas bem suave

sentir cada pelinho

acariciá-los...

macia, morena, cheirosa

que pele!

que macies!

que loucura

querida

quero beber teu sangue

todo teu sangue

senti-lo em minha boca

esse gosto vermelho

esse sangue que me aquece

praticar o vampirismo

visitar o teu pescoço

beber todo teu lirismo


Bruno B.A

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Poema...para quem se gosta

Não tinha ideia do que de nós seria

No início,

bem lá no início,

nem o nós existia.

Quem veria num pequeno beijo apressado,

nós por um longo tempo, lado a lado.

Se, mesmo que por um momento, alguém pensou “isso não é amor”,

pode ter se enganado.

Tanto posso dizer que é,

quanto posso estar apaixonada.

Só que um dia dei por conta que, enquanto estive contigo, foi possível por meu mundo em evidência.

Pude conhecê-lo,

perceber suas falhas e,

a partir delas, começar meus próprios projetos.

Minha estrutura, a qual considerei perfeita e inabalável, entrou em crise.

Suas combinações já não se combinavam.

Fui resistindo,

você forçando.

Criou em mim cálculos,

Compreendi uma razão…

Compreender equações nas relações e por elas responder é amar?

Pode ser, não sei…

Parece-me algo que deve ser sempre discutível,

Nestes casos, o consenso pode ser perigoso,

presunçoso.

Em certas alturas, cheguei a sentir transcendências,

muitas vezes, descobri que foram falsas.

Quis-te todo para mim,

e, já pensei em não te querer.

Pensei “e agora?”,

e, já nem isso fiz.

Tentei certa vez te tornar imutável,

Determinar teus traços,

E colori-los de acordo com o meu gosto.

Que desgosto!

Quem de fato tu eras?

Já te achei tantas coisas,

hoje, acho que vou te achar outras tantas…

Já nos propomos milhares de coisinhas,

que algumas nem sequer chegamos perto.

E, também, já nem quero chegar…

Se um dia te feri, pode ter sido por isso.

Mas já fizemos tanto juntos… que agora aqui estou.

E se esse tanto for segundos…?

Às vezes, gostaria de predizer horas e horas…

Mas, predizer pode ser perigoso…

Ou, posso estar eu apaixonada…

De ti já senti vergonha, de tão próximos que nos condicionamos… sem nos conhecermos.

Não que agora nos conhecêssemos, mas já não estamos condicionados às mesmas perspectivas…

E, se lembra que naquelas perspectivas já nos quiseram acomodar?

Do que serviria o contrato?

O consenso prolongado… um dia pode ser fatal!

Quando menos se espera ele pode estar impregnado.

Escondido, camuflado…

O que fazer se isso acontecer?

Não sei… não sei nem se vou perceber!

Aline Pauli Mallmann

sábado, 23 de maio de 2009

AudiênciaPública


A cortina da benevolência

Esconde mil sorrisos “simpáticos”

Seres pobres

Seres apáticos

Serei eu?

Personagens fantásticos

Se escondem

Usam humores sarcásticos

Para que?

Para quem?

O Mundo é um plástico!

Uma hora derrete

Todos ficam estáticos

Sorrindo...

Personalidade de plástico.


José Nicanor

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Amanhecer em serenata



Que esta música vá viver contigo
finais instantes de uma noite calma
e aquilo que aqui sincero eu digo
vá fazer tranquila tua alma

Adormece querida,
vivas dormindo estas outras horas
que te restam ainda nesta noite
vais sonhar portanto mais feliz
e, amanhã, quando contigo encontrar,
me bastará um sorriso, para saber
que tiveste um sonho colorido

Fecha os olhos, pois termina aqui
o teu viver nesta noite de seresta.

José Carlos Prato (Chabri)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Me encontra
Que eu te encontro
Vem comigo
Que eu te mostro
Tudo aquilo que tu imaginas de mim
do mundo
da vida
Eu te mostro
Eu te quero
Vem comigo
Me leva
Vamos juntos
Atrás do que nos espera
Me mostra
Eu quero
Me encanta
de novo
Excêntrico encontro
Sem folêgo encontro
Me tira o folêgo
Encontra minha mão
Encontra minha boca
Me encanta
Me encontra

Ana Elizabeth

terça-feira, 19 de maio de 2009

Sr.Coberto se tapa novamente.

Nem o tudo, nem o nada, iam sendo descarregados através dos passos apressados do Sr. Coberto.

Os pés, apressados pelas “chuvíssimas” gotas d'água que escorregavam do outro Mar Azulo, mais ao norte e torto (a “tortisse” dominava naquelas horas...) , então quase que resvalam quando tocam as flores roxas que são espalhadas pelo chão da cidade escura, isso por não aguentar a tamanha sinceridade do toque, júbilos eternos.

Era noite.

Sr. Coberto ainda era homem moço naqueles dias.
Sr. Coberto esperava naqueles dias....

-Esperava o quê? Esperava assim como tu e eu....esperava......ele particularmente executava essa ação como poucos.

Nem o tudo, nem o nada são por ele conhecidos quando chega lá...
Sua chegada foi por ele mesmo comparada a uma descoberta, ao desconhecimento de si.
Limpou os pés antes de empurrar a pesada porta.

- Não quis trazer junto de si as flores?

Entrou. Foi diretamente levado por seus pés a um canto.Seus pés tinham vida própria. Mexiam-se para todos os lados os fugitivos. Eram dois, os pés.

-Dá nada, vou é tratar de dormir.
-Parece-nos que foram bem essas palavras ditas, ou imaginamos talvez que ele tenha dito.
-Está bem...imaginamos.

Era um homem sincero sentado num canto escuro, num canto qualquer do mundo, estava perdido no seu esconderijo.
Sendo assim ninguém poderia achá-lo, a não ser ele mesmo.
E essa talvez fosse a busca mais desafiadora, se ele tivesse tentado.

Paola Mallmann

Misterioso.

Sim, esse teu jeitinho me atrai.

Parece que carregas um piano importado, de cauda, na ponta do nariz.

Tudo charme, balaca!

Segue assim, mantém essa essência

de que não tem nada pra esconder mas pouco deixa mostrar.

Mantenha este teu

óbvio-clichê-piegas

mistério!


João Penedo Broiller

domingo, 17 de maio de 2009

O amor sumiu?


Desisto de tentar

ser quem o amor faz tocar.

Ele esqueceu de aparecer.

Tentei encontrá-lo,

Mas foi com grande querer

Que se espantou

E sumiu

Sem dar notícias.

Procurei nos sorrisos da rua,

Nos copos da noite,

Por entre a gente,

E nada...

O amor me deixou crua

E esqueceu de me visitar

Foi como a FELICIDADE para Lupi:

"foi-se embora"

Mas minha casa não fica lá detrás do mundo

Ela fica bem lá, do lado do muro

E mesmo assim ele teima em não me achar!

Ah!! Então, desisto de querer o amor!


K.L.M.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

RESPONSTHABILIDADE


O que dizemos a nós mesmos?

Por que e como respondemos a nós mesmos às perguntas que nos são dirigidas?

Você se responde?

Como você prefere se responder?

A resposta é sempre a mesma?

Você tem resposta pra tudo?



Para quem você responde?

Por quem você responde?

O que você responde?

Como você decide responder?

Você responde?

Por que responde?

Você decide sobre o que vai dizer?

Você diz sozinho?

A resposta é dependente?



O que deve ser dito e para o quê?

O que é isso que nos pergunta?

Por que pergunta?

Existe uma não-resposta?

Não responder é responder?

Até onde vai o som dessa resposta?



Quem vai ouvir quando eu calar?

O que me fará calar?

O silêncio é uma resposta?

E quando eu não conseguir dizer algo a mim mesma?

Poderá eu não sonhar mais

até que um dia...?



Aline Pauli Mallmann

quarta-feira, 13 de maio de 2009

PEDRAS TALHADAS

COM A FORÇA DA ÁGUA

MENTES MOLDADAS

ABUSADAS PELA MORDAÇA!

...

LIBERTA TUA VOZ

GRITA BEM ALTO

E DESATA ESSES NÓS

TU ÉS UM PASSÁRO

ASSUME TEU POSTO

E DOMINA O ESPAÇO!

...

EIIII!

VOLTA AQUI!

TÔ FALANDO CONTIGO!


Murilo


Passarinho piando na janela
O som invade o dia
O som entra em tudo que está em silêncio.
Me debruço no parapeito para espiar...
que animal bonito!

O passarinho piando, e o som do meu silêncio.
Apenas nós.
Vontade de um canto com ele brota
O dia logo vira noite
O passarinho voa, vai embora.
Para onde?Sei não...
Talvez voe para perto de outra casa,
da tua casa talvez, do teu silêncio.
E nosso canto em algum lugar,
está invadindo o momento de alguém,
ou deixado para o tempo.
E o passarinho?
Voa em cantos.
E até o silêncio cantou lindas canções nesse dia.

Paola Mallmann

terça-feira, 12 de maio de 2009

Vaidosas



Esse shampoo

Faz meu cabelo sedoso

Aquele hidratante

Faz macio meu corpo

Ah, esse brinco...

Deixa-me com um brilho

Esse brinco!

Meninas, meninas!

Parem de tantos acessórios

São secundárias essas parafernálias

Contar-lhes-ei um segredo:

A rosa cumpre todas as funções

Seda, cor, perfume...

E brota-se o desejo

Portanto, meninas

Cubram-se de suas flores!

E o brilho?

Ah, quanto ao brilho...

Cultivem o que brota de seus olhos

E mais nada

E mais nada!



Ludmila


sábado, 9 de maio de 2009

Poemito para um bairro


Bom Fim

Judeus
Boêmios
e afins

Cronk's
Lancheria
do Parque
Parque Farroupilha
Redenção
Redemption Songs

Bah, tchê
Logo ali
Fernandes
Felipe
Deu pra ti

Ocidente
Oriente Médio
e a gente

Sarau elétrico
Cultura íntima
Amigos bêbados
Cidade baixa próxima
Excitação lívida

Palavraria
Palavra ali
Palavra todo dia

Expresso
Curto
Longo
Carioca

Gremista
Colorado
Ronaldo

Café do Lago
Pedalinho
Pedala Robinho

Liberta a América
Liberta as dores
Assiste a libertadores
no Vermelho 23

Senhor do Bom Fim
Brick, sebo, velharia
sabedoria

Intelecto
Filósofos de boteco
Um teto

Livros, livres, tristes
Vida me olhava e ria
Lia

Ínicia na Osvaldo e termina
É o fim e é bom
bom se acabar assim

Bebeth

sexta-feira, 8 de maio de 2009

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Os 10 + do Brasil




Saiu a lista dos 10 homens que mais se relacionaram sexualmente
com mulheres do sexo feminino, no Brasil, ei-la abaixo:

1. Wando
2. Roberto Carlos
3. Eu
4. Pelé
5. O Presidente do Paraguay
6. Rebeca Gusmão
7. Fabio Junior
8. Marlene Matos
9. Gugu Liberato
10. Kid Bengala

Comentários:
  1. O primeiro não deixa dúvidas, meu ídolo: "você é luz..." O rei das calcinhas.

  2. O Robertinho também tem sua moral, mas andam dizendo as más línguas, que ele anda viciado em viagra, e que este não faz mais efeito nele, assim sendo, em poucos anos posso assumir a segunda colocação (se Deus quiser).

  3. Apenas um aviso aos dois primeiros, eu dispenso comentários.

  4. Passei o Pelé nesta semana, não sei o que anda acontecendo com o nosso eterno craque, mas só sei que não posso fazer isso pelos outros.

  5. Fez dez filhos quando era bispo, imagina agora que é Presidente? Bispo só come no xadres? Parece que não!!!

  6. Com essa eu não nado de costas.

  7. Só como Jorge Tadeu ele já bate metade da lista. Se seguisse assim estaria em primeiro, mas sua carreira de cantor broxou sua classificação.

  8. Eu já desconfiava!

  9. Não sei não hein??? É este tipo de coisa que diminui a credibilidade de um top 10.

  10. Ator porno. Era para estar na ponta de cima da lista, mas devido a sua paixão pela Rita Cadillac (o que nós homens entendemos), ele perdeu de conhecer outras meninas e isso os jurados não perdoam. Rita Cadilac é uma brasileira apaixonada por carros.

PANK E BÔBO

Biblio-fontes


Me sinto mais tranquila

Perto da biblioteca.

Listas de classificações,

Números de chamada,

Números das estatísticas,

Temas da nossa representação bibliográfica,

E por onde anda a ficha catalográfica?

Apenas na máquina fotográfica

Do nosso cotidiano,

Ou seria em microfilme?

Assuntos que se encontram apenas no nosso Tesauro

Ou na nossa eterna incompleta base de dados da vida

Longe do mundo normal e bibliográfico.

K.L.M.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Sonho de Infância - À Eduarda

Martha Barros





Dorme pequeno anjo

Do aroma sereno

Da pele de pétala

Do doce gemido

Dos risos no sonho

Desperta pequeno anjo

Despejando esse riso

Nos que te esperam acordados

Para banharem-se do teu sonho

E mergulharem na esperança

Que transborda dos teus olhos.



Lud

sábado, 2 de maio de 2009

Bobagem Devastadora

Quero agora apenas escrever , mesmo bobosamente.
Tua maior prisão é Tu.
E eu e eu.

Minha liberdade luta, começa no meu próprio ser, completamente.
No movimento dos meus pés, do quadril desobediente. Desacorrente.
Não quero nenhum embasamento teórico.
Meu sorriso não pode ser controlado.
A vida não pode ser controlada, assim ela se perde.
Perde-se a propriedade da vida! (nunca ninguém possuiu esse controle, ele é uma farsa)

Eternas batalhas, união ibérica em chamas,
Sangue, honra, revolução nas entranhas.
Mas há o minuto
E ele chegou.
Livre amo.
Livre somos.

Bombas se interrompem, o minuto chegou.
Contra toda infeliz resignação acustumada. A custa de muitos acustumada.
Tradições e custumes à força, banhados à merdas!
Avalanches esmagam, soterram.

E o minuto chegou livre.
Permitiu nosso amor. Pois quem hoje quem ama é forte.
Amor é resistência às pequenas agressões cotidianas, que são os nossos costumes.

Amor é impulso, para sair fora
do temor costumeiro.

Ainda assim é difícil não deixar cair uma gota de nós pelos olhos.
Pensamos no sacrifício às nossas crenças. No sacrifício do nosso ser
E o do outro, que costumeiramente é nada. Sacrificamos o amor á que?
Em que vala comum e estúpida é cotidianamente despejado?
Agüentaremos?

O amor nos permite a vida. Respiro através dessa palavra viva, a vida.
A sensação é de liberdade. A tentativa, a não-adaptação é sempre a busca de um tom maior de liberdade. Amor.

Essa semana milhões foram sacrificados, humilhados estupidamente até o nível do subsolo.
Até serem enterrados vivos.
Imundice!Sujeira!
Apodrecemos então..... À morte o minuto! À morte o minuto que nos permite mudar! À morte o minuto vivo em que nos damos por conta do nosso amor! Bravejam nossos costumes medíocres,
Acorrentam e cortam nossas gargantas!Uma farsa de tradição que domina e agride até nosso pensamento.
NÃO!- foi um grito?

Foi o amor.


Paola Mallmann


Próxima

"Guardarei as minhas palavras
Guardarei o meu carinho
Guardarei todo o meu sentimento
Aqui no meu cantinho

E ah, guardarei...quieto."

Luiz Fernando Gutierrez