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terça-feira, 19 de maio de 2009

Sr.Coberto se tapa novamente.

Nem o tudo, nem o nada, iam sendo descarregados através dos passos apressados do Sr. Coberto.

Os pés, apressados pelas “chuvíssimas” gotas d'água que escorregavam do outro Mar Azulo, mais ao norte e torto (a “tortisse” dominava naquelas horas...) , então quase que resvalam quando tocam as flores roxas que são espalhadas pelo chão da cidade escura, isso por não aguentar a tamanha sinceridade do toque, júbilos eternos.

Era noite.

Sr. Coberto ainda era homem moço naqueles dias.
Sr. Coberto esperava naqueles dias....

-Esperava o quê? Esperava assim como tu e eu....esperava......ele particularmente executava essa ação como poucos.

Nem o tudo, nem o nada são por ele conhecidos quando chega lá...
Sua chegada foi por ele mesmo comparada a uma descoberta, ao desconhecimento de si.
Limpou os pés antes de empurrar a pesada porta.

- Não quis trazer junto de si as flores?

Entrou. Foi diretamente levado por seus pés a um canto.Seus pés tinham vida própria. Mexiam-se para todos os lados os fugitivos. Eram dois, os pés.

-Dá nada, vou é tratar de dormir.
-Parece-nos que foram bem essas palavras ditas, ou imaginamos talvez que ele tenha dito.
-Está bem...imaginamos.

Era um homem sincero sentado num canto escuro, num canto qualquer do mundo, estava perdido no seu esconderijo.
Sendo assim ninguém poderia achá-lo, a não ser ele mesmo.
E essa talvez fosse a busca mais desafiadora, se ele tivesse tentado.

Paola Mallmann

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