O Livretu é um...

Minha foto
Porto Alegre, RS, Brazil
Blog dedicado à livre literatura. Poemas, contos, crônicas, músicas, palavras ao vento... e o que te fizeres viajar pela imaginação. O LIVRETU é livre, e surgiu da idéia de alguns amigos dividirem suas produções, delírios, sonhos, alegrias e letras. Envia tuas composições também! Faça parte dessa grande esfera literária. É livre. E como fala nosso grande Drummond: Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação (duvidosa) da vida, Mas a poesia (inexplicável) da vida. Envia para livre_tu@hotmail.com tuas idéias. O blog já fez 2 anos e comemora com uma mini-edição impressa e uma confraternização de artes, o ORGIARTE, ambos indo para a sétima edição.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Te ofereço um chá

Bebemos um chá e divago sobre minha vida.


Era o auge do verão na noite em que te conheci

Sobressaltado de uma mágoa me cortava o peito

Teus olhos jovens de mulher me incitavam


Lembro da tarde quente em que calaste meu passado com teus beijos


E então se fez outono sobre os nossos corpos

E com ele nosso amor nasceu

E tudo o que viríamos a ser depois.


Te ofereço um chá se me falar dos teus amores


Cles Lachmann

Chama só…

A força que me chama para brincar,
Eu vim a esse mundo para pular,
Saltar,
Voar…
A superfície só serve se for para andar:
De pés descalços na areia,
Na grana,
No palco,
Em qualquer lugar…
Ir…
Eu nasci para ir…
Além da realidade,
Do infinito e do sonho.
E mais uma vez voar,
Um vôo só,
Porém livre,
Alto…
De cima, preparo o salto
Inclino o pescoço e mergulho
No mar,
No fundo e nas profundezas do infinito
Fico imersa de água
Ainda estou livre,
Um mergulho só,
Porém profundo,
Intenso e vivo…

Juliana Chaves

sábado, 26 de junho de 2010

MIL DESCULPAS

DESCULPA...
FOI SEM QUERER
UM ACIDENTE,
CASO DO ACASO
UM RELAPSO ACIDENTAL
FOI FORÇA DO DESTINO....

PRAGA DA VIZINHA,
INCOERÊNCIA DAS IDÉIAS
DOR DE COTOVELO
DESFECHO MAL CONTADO
AZAR DO DESATINO
LEITE DERRAMADO.

FOFOCA DE VIDA ALHEIA
INTRIGA DA OPOSIÇÃO
COMPLÔ GENERALIZADO
BECO SEM SAÍDA
CHEQUE SEM FUNDO
BARRIL DE AMONTILADO
QUEIJO BEM MOFADO
LINGUIÇA CALABRESA
E LEITE DE COCÔ

FOI... PNEU FURADO
TRANSITO ENGARAFADO
RELÓGIO ESTRAGADO
MORTE DE UM PARENTE
NASCIMENTO DE UM FILHO

FOI O QUE ME ACONTECEU

BBA

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Alma e Erros:


Pânico na casa, o matadouro,

escondam-se!


Ah..., tu com o nome preciso...

minha apreensão contrai, nos trai

O olhar ambíguo, de semblante

assustado, assustado.


Chego a pensar que acredito

E sentes que foi..., sentes

... onde... derramados

Estamos no mar? Navegamos no ar...,

Mas é terra. A madeira vermelha!

Quero a parte da alma,

o sentimento de amparo

em teus braços.


Nossos pés se olham.

a prova disso:

Senti-me possível de sobreviver.

Quero a vida! Quero a vida!

Em carne.


Paro por instantes... Paro...

Os pulos no peito não! A batida

arranca do corpo um alto salto.

Enquanto a todo tempo que passa,

quem eu sou , cada vez mais surge

junto com o sorriso. Ela olha o espelho.

E nem todos querem ver...a voz baixa

Quanto a tudo:

Olhos e olhos!

É aí que as forças surgem,

ao reflexo da divina Hipnos.

Não o vejo inteiramente, em sangue

brindo o espelho quebrado com

as mãos em flecha que fizeram dele

um simples caco reluzente.


Tua face de vidro arde, e a lua desfigurada

transforma tudo em silêncio.

Transforma em silêncio...

Em silêncio.


Paola Mallmann

quarta-feira, 23 de junho de 2010

IS VERY SAD PRA XUXÚ!!!

Queria tanto um abraço pra amassar o mundo
Um carinho, rebento do ninho
Ninho que não é de seco, é profundo
Beijo e sentimento ignorante e corcundo

Porque tu és única,
e talvez o maior desespero de minh'alma vadia
perdida e turva dos finais dos dias
foi ter deixado escapar meus véus e romarias
Os sonhos esquecidos em tuas túnicas vazias

Cada vez mais pesa
afunda, grita e inunda
Me enche de saudade e desespero concreto
De devaneios e um sentido incerto

Não sei se a tristeza das horas pré-dormidas
é saudade, sentimento ou falta de abrigo
se é esvaziado, chorado ou sentido
escrachado ou choro irrompido

Se é ciúme de um mundo que não sou mais
De um abraço que durava até "nunca é demais"
Mas sei que agora sou só eu
e isto não é mais tu.
Sei que isso é triste, "pra xuxú"...

RAFAEL LOPO

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A Queda


Existem barulhos

Que desconfio se vem de fora da minha cabeça.

Como se por alguns momentos
Me materializasse com o tic-tac
De relógios silenciosos.

Só posso ser isso que vejo.
Mas vejo tantas coisas
Que quero sentir-me em tudo.

Onde eu não posso ir,
Eu sinto.

Olho de longe através de uma tela distante,
um piano.
E remonto minha vida sobre as teclas,
E me vejo e te vejo
E ainda os outros que nos vêem
Pelo buraco da fechadura
Que lhes cabe e satisfaz.

Como a minha porta é ampla!
E te encontro do outro lado, eu sei.
Como será sentir teus olhos sobre o nariz
E a tua estatura,
De que altura te sentes?

Seja lá como for
Quero subir ou descer, tanto faz.
Me leva para cima ou para baixo
Mas chega comigo junto a porta
E vamos encontrar nossas bocas.

Quando infalivelmente eu cair
Já não olharei mais para baixo

Estou cercada de vampiros
,

Mas é para cima que aponta
A minha grande porta de ilusões.


Morgana Rech

terça-feira, 15 de junho de 2010

Los Hermanos

Yo tengo tantos hermanos
que no los puedo contar.
En el valle, la montaña,
en la pampa y en el mar.
Cada cual con sus trabajos,
con sus sueños, cada cual.
Con la esperanza adelante,
con los recuerdos detrás.
Yo tengo tantos hermanos
que no los puedo contar.
Gente de mano caliente
por eso de la amistad,
Con uno lloro, pa’ llorarlo,
con un rezo pa’ rezar.

Con un horizonte abierto

que siempre está más allá.
Y esa fuerza pa’ buscarlo
con tesón y voluntad.
Cuando parece más cerca
es cuando se aleja más.
Yo tengo tantos hermanos
que no los puedo contar.
Y así seguimos andando
curtidos de soledad.
Nos perdemos por el mundo,
nos volvemos a encontrar.
Y así nos reconocemos
por el lejano mirar,
por la copla que mordemos,
semilla de inmensidad.
Y así, seguimos andando
curtidos de soledad.
Y en nosotros nuestros muertos
pa’ que nadie quede atrás.
Yo tengo tantos hermanos
que no los puedo contar,
y una novia muy hermosa
que se llama ¡Libertad!

(Atahualpa Yupanqui y Pablo del Cerro)

domingo, 13 de junho de 2010

Flores cochicham aos ouvidos

Minhas vidas, meus pés aquáticos
sem meias
Que sentimentos entendo?
Sentir, ser, sol, sol, sol
Estrelas, estrelas, estrelas

Lua

Enchentes! Doces lagos,
águas de rio, correntezas decididas
perpassam as pedras, o chão de pedras,
cheio de madeiras caidas, percorridas
por onde vão os pés, lavadeira?

Lava, lava um vulcão!
De cuidado meu...querer
Quero e sei desejar.
Mas digo isso só para mim.

Não são preocupações e festas,
apenas é a vida, homem
É a vida!
Os loucos de razão
ah! loucura adorada
é viver
mundo engraçado
mundo bonito

Paola Mallmann

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pilha Fraca

Cansei de ser o certo
Quero o avesso
O diferente, o absurdo, o tolo, o bobo!

Não quero estar sempre aqui,
quero estar fora da roda
da fala, do momento.

Quero me ver sozinha,
longe de tudo:
das amigas,
do semestre,
da leitura,
avessa ao mundo.

Preciso de mim mesma, quieta.
Quero meu tempo, enquanto der tempo.

Não me julguem,
não me massacrem,
mas me esqueçam por um momento.

Chega de agência de notícias,
mega eventos, super encontros
quero eu mesma, simples assim.

Me deixem!
Quero o nada.

Deu, só isso!
Parem o mundo, por algum momento.
Depois eu volto, porque minhas pilhas descarregaram.

K.L.M.

terça-feira, 8 de junho de 2010

VENTURA

O indiscutível acontece,
Sem mais nem menos prece,
Ele vem pra incomodar.
E o que seria imprescindível?
Se não fossem os sentidos e o medo de tentar.
Ao me olhar em frente ao espelho
Percebo que uma parte já se encontra em outro lar,
Mas o que seria da vontade?
Se não fosse a angústia de esperar a...

Primavera nos teus olhos verde-água

Eu olho e toco pra você,
Pensando em outros tempos,
Não pensar em te perder.
Tentando estar tranqüilo,
Buscando alguns caminhos,
Encontrando-me ao te ver...

Em minha frente...

Primavera nos teus olhos verde-água...

Gabriel Costaguta

quarta-feira, 2 de junho de 2010


Obrigado a todos e todas que foram ao ORGIARTE 6...

mais de 230 pessoas, entre artistas, amigos e furões...


foi uma grande noite....arteiros da meia noite

abraços