O Livretu é um...

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Porto Alegre, RS, Brazil
Blog dedicado à livre literatura. Poemas, contos, crônicas, músicas, palavras ao vento... e o que te fizeres viajar pela imaginação. O LIVRETU é livre, e surgiu da idéia de alguns amigos dividirem suas produções, delírios, sonhos, alegrias e letras. Envia tuas composições também! Faça parte dessa grande esfera literária. É livre. E como fala nosso grande Drummond: Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação (duvidosa) da vida, Mas a poesia (inexplicável) da vida. Envia para livre_tu@hotmail.com tuas idéias. O blog já fez 2 anos e comemora com uma mini-edição impressa e uma confraternização de artes, o ORGIARTE, ambos indo para a sétima edição.

terça-feira, 31 de agosto de 2010


FERNANDO SALDANHA + ZELITO - 01/09 - QUARTA - 21:30 - 512

Apareçam!!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Poemas Brunescos II

Passa uma tarde comigo?

Compra um iogurte,

tira um extrato, paga o condomínio?

Escuta um nirvana acústico e

toma uma ducha, neném!

...

A tarde?

A tarde é o prefacio da noite.

Murilo Nunes/ Eduardo Silva/ Pablo Gonçalves

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

PENSAMiNTO

Penso que sinto, mas minto
Minto que penso, quando...
Apenas sinto.
Sento e...
Desminto.

Posso ser apenas
Um sentimento misto?


Morgana Rech

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Café Tortoni, Bs As


Amor,
la mesa al fondo
son muñecos,
ecos del tiempo

un tango viejo
en las calles
entre Mayo y Rivadavia

uno Tortoni cortado
por la arte y una meya luna
en tus ojos,
vuelvo cien años...

Ahora, solo me resta
un cafe y morrir.

mo e bruno

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Discurso Direto

Mesmo que fosse um sonho ruim, eu custaria acreditar no que está acontecendo. Porque sei que até mesmo se fosse um sonho, seria melhor do que a minha realidade agora.
Eu poderia simplesmente pedir que você casasse comigo, e me fizesse feliz por toda a vida. E eu iria chorar rios de lágrimas em sentir o que você supostamente estaria sentindo nesse momento. E eu daria qualquer coisa para estar na sua pele, e mudar seus sentimentos, ou pensamentos. Ou então, eu poderia lhe pedir que cantasse uma música suave em meu ouvido, e me puxasse para dançar lentamente, cantando suavemente, com sua voz grave; na rua, no parque, no metrô, no supermercado, em qualquer lugar, onde só existissem nossos corpos satisfeitos. Os dois. Corpos completos. Os dois. Livres e sem marcas tristes nos olhos, sem roupas que nos rotulassem, sem qualquer sinal de infelicidade. Eu poderia te contar sobre minha vida triste, ou feliz com você, te beijar os olhos, e dentro deles enxergar minha alma nas nuvens ou na lama. Beijar seus lábios doces, e te abraçar fortemente como se estivéssemos grudados para todo o sempre, como havíamos combinado antes. Olhar sua face maviosa, e lembrar-se de cada pedaço seu dentro do meu corpo; agora, meu corpo mais morto do que vivo; por dentro ainda restam esperanças significativas, mas por fora só resta o que eu chamo de corpo ideável, como algo que ainda se pode idear. Sentiria por você aquilo que ninguém sentiu antes, nem confiou antes pra você. Eu. Inteira. Imersa em sua vida de corpo e alma. Mesmo com ela na lama, ou feliz por ter a sua alma por perto. E sentiremos juntos, a mágica dominação de duas almas quentes dentro de nós. Imobilizadas por nossas veias escorregadias. No crepúsculo daquela rua, estaríamos emaranhados como dois pássaros livres, contando sua liberdade majestosa e serena. E agora aqui, drasticamente eu sinto meus pés gelados, e minhas mãos temerosas neste texto tão complexo, onde o duelo é comigo mesma e meus sentimentos tão, tão atraentes por você. Se eu fosse qualquer outra pessoa, com qualquer outra vida, com qualquer outra alma, com qualquer outra personalidade, eu poderia ficar aqui dando voltas nos assuntos, eu poderia lhe falar sobre Galileu Galilei, por exemplo, e de como antes de seu nascimento todos acreditavam que a terra era o centro do universo e que o sol girava em torno dela. E você iria perceber neste simples exemplo, como o que achamos ser certo agora, amanhã pode ser errado e frustrante para o resto de nossas vidas. Mas o fato é que eu vou direto ao ponto alto da “coisa”. No eixo de cada detalhe minucioso, que para mim são ricos em deixar o “outro” em confusões neurológicas, e é isso que me agrada muito. Porque eu sei pouco sobre a vida, mas o que sei dela, é que é curta e passageira, que pensar em você é adorável, e que você sempre será meu, aqui dentro do peito que bate forte feito a velocidade do vento quando anuncia temporal e que é aqui dentro, o seu único habitat natural. E depois de tanto discurso direto, você só precisa saber, que acaba com todos os meus Medos.

Priscilla Leme

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Buceta

Grande buceta crioula
Tu foste criada à toa
Todos te acham mui boa
Pois qualquer índio tu cevas
Podes gritar sem reserva
Pois estás coberta de glória
Por sempre obter vitória
Nos piçassos que tu levas
Te chamo de vitoriosa
Por conhecer tua fama
Porque sei que numa cama
Quando a piça te procura
A resistência se apura
Fica molhada e desmaia
E eu duvido que ela saia
De ti novamente dura
Cada vez mais me convenço
Velha buceta bagual
Que tua fama é mundial
Por foderes com perícia
E às vezes só por malícia
Tu prova o que tenho dito
Pois muitas moças bonitas
Já metestes na polícia
Por isso que te admiro
Lagoa de bom tamanho
Lugar em que tomo banho
Quando estou afadigado
Na volta é mato cerrado
E o lago é profundo e feio
Onde eu pulei de ponteio
Quantas vezes, nem estou lembrado
Buceta, sempre és querida
Seja de moça ou de china
Pois tua graça domina
Desejos da humanidade
E eu confesso esta verdade
E onde náo entra teu nome
Qualquer espécie de homem
É homem pela metade
E aqui encerro, buceta
Porque já estou de pau duro
Mas quando eu pular o muro
Daqui para a eternidade
Faça-me esta vontade
Em vez de rezarem missa
Escrevam na minha piça
O teu nome, majestade.
Apparício Slva Rillo

sábado, 14 de agosto de 2010


MARINHEIRO SEM RUMO

NEM O VENTO AJUDA.


ANÔNIMO

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Jardim do Limbo

Tua compreensão é montanha russa
Num parque sem diversões!
Egoísmo é botão de flor...
Fechado em quatro estações.
E quando for Primavera
. . .
Será que um sorriso teu irá desabrochar?

Nonemacher, Pablo

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Gravador de Bolso

Acho que estou prestes a escrever.
Creio até que já estou escrevendo!
Percebí isso hoje,
Quando me conduzia de um lado para outro
E tive algumas idéias, agora já mortas,
Pois não as lembro e nem as anotei...
Idéias estas que naquela hora
Faziam muito sentido a minha pessoa,
A ponto de até ter tido um momento de glória comigo mesmo.
Agora há pouco, minutos atrás,
Quando cortava cebolas para a janta,
Novamente me vieram divagações
As quais gostaria de tornar públicas
Mas devido a falta de vontade de largar a faca, para pegar a pena,
Não as arquivei, mas senti...
A necessidade de algumas palavras se tornarem vivas
Fazerem parte da minha vida, e da vida dos outros...

Peguei a pena, sem pensar.
Apenas para ver se sou capaz, se ainda sou capaz
De me reescrever, de me iludir com novas idéias
Acreditar em uma possível metamorfose, transcendência,
Transformação do eu ao não eu....


Bruno Arámburu

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O PALHAÇO

O circo está armado,

O espetáculo vai começar,

Em cartaz o espetáculo chamado vida!

Sentem-se Senhoras e Senhores,

Meninos e meninas,

Que o show vai começar.

No picadeiro o show é do palhaço

Que brinca,

Que ri,

Que conta piadas e histórias das mais divertidas

E que com suas graças faz a todos rir.

Cada número,

Cada ato do palhaço é mais um riso,

É mais uma graça.

A alegria a todos contagia,

E ao fim de cada número,

A multidão está em delírio

Imersa em risos e alegria.

A cada nova cidade,

A cada novo palco

Lá vai ele mais uma vez,

Com a cara pintada,

Com as roupas coloridas

Levar alegria.

Mas o que todos não percebem

É que por trás de tanta graça

Ele se esconde,

Ele esconde seus problemas.

No fundo aquele que transmite tanta alegria

É uma pessoa triste, sozinha

Que precisa estar no centro do picadeiro

Que precisa de todos os aplausos

Para não se sentir vazia.

Cuidado, o que se vê pode não ser, será?

Paula Türck

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Ranso

Boicoto-me!

As minhas manhãs-matutinas
são paulatinamente boicotadas

Anulo-me

As tantas possibilidades
de afeto com seres humanos
estão aos poucos ficando rasas

Escassas!

Saber o caminho e não dar o passo
ter o colo de um seio, a maçã de um rosto
e, como um "toulo", fazer pouco caso?

Buracos!

Ando como se marchasse
sobre chãos de algodão-doce
O mar
horizontal
me chama
e é lá que eu vou estar
depois que a inércia
arrumar as malas
e sumir daqui!

Cansa e é ranso.

Murilo Nunes