MATISSE
PICASSO
JUAN MIRÓ
CUBOS,
QUADROS,
ESQUADROS
SERES QUADRADOS
IMAGINÁRIOS SERES
DADOS JOGADOS
VELHO
CAJADO
BRUXO
SABEDORIA
DIZENDO O QUE EU NÃO SABIA
A ARTE NÃO TEM PREÇO
TUDO PERDE A VALIA.
É BARCO SEM REMO
O RIO DA CRIAÇÃO
ATERRISAR NO CÉU
VOAR NO CHÃO
INFLAR A LUA
SOLTAR BALÃO
***
Vão
Vão todos, sem mim.
Encontrem-se no topo de seus montes
Levantem suas bandeiras - e gritem -.
Ah, me gritem alto!
Que daqui parada não os ouço
Acolham-se por entre suas navalhas - soltas -
E abracem-se...
...Mas apertem-se tão distantes
Que já nem possam mais largar-se!
E quando, de tão juntos...
De tão – miseravelmente – marcados!
Não mais avistarem nossa antiga poesia...
Sentem-se aos montes e bebam!
Nas mesas esparramem suas marcas
Embriaguem-se com suas próprias mentiras
Cuspam uns nos outros
...Cada gota que já caíra sobre vossa cabeça.
Cada desesperada tormenta que lhes subira à boca
Cada noite que ainda adormecem com a solidão.
Vão... Mas deixem seus nomes
Deixem suas marcas, seus orgulhos,
E seus momentos vãos.
Subam ainda além dos montes
E entreguem-me seus amores
No ápice de tua desilusão.
Eu? (...)
Hoje tudo que posso prometer
Amigo, é devolver-te em poesia.
...Te devolvo, um dia
Tua vida perdida
N'alguma página de um livro
Mo
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