O Livretu é um...
- Livretu
- Porto Alegre, RS, Brazil
- Blog dedicado à livre literatura. Poemas, contos, crônicas, músicas, palavras ao vento... e o que te fizeres viajar pela imaginação. O LIVRETU é livre, e surgiu da idéia de alguns amigos dividirem suas produções, delírios, sonhos, alegrias e letras. Envia tuas composições também! Faça parte dessa grande esfera literária. É livre. E como fala nosso grande Drummond: Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação (duvidosa) da vida, Mas a poesia (inexplicável) da vida. Envia para livre_tu@hotmail.com tuas idéias. O blog já fez 2 anos e comemora com uma mini-edição impressa e uma confraternização de artes, o ORGIARTE, ambos indo para a sétima edição.
quarta-feira, 30 de março de 2011
O Enigma do Jornal Hoje
Tudo bem, Jornal Hoje. Já entendemos que o Rio Grande do Sul está virando um lamaçal, e muitas casinhas tem ido por água abaixo diariamente. O que tem de errado com essas águas, afinal? Por que tanta raiva? Riozinho, riozão, Santa Chuva, Sr. Açude, por que cobres de umidade a humildade de quem gosta de ti? Tudo bem Jornal Hoje, já entendemos, e não precisa colocar aí de novo essa senhora de cabelos arrepiados dizendo que perdeu tudo, e que sem se aguentar, derruba lágrimas contidas no final de seu momento de fama. Não precisamos? Será? Já começo a considerar uma espécie de perversão coletiva essa coisa toda. Porque tenho duas hipóteses pra essa enxurrada. Quero falar da mais óbvia, mais manjada, mais falada e ignorada: a revolta da natureza contra o desprezo do homem, o preço da devastação egocêntrica do ser humano, etc etc. Cobrando justamente de quem não tem nada a ver com isso. Muito pelo contrário, na verdade o que se vê aqui é que ela só tem cobrado de quem ainda sabe se contentar com "pouco". E daí a notícia da televisão aparece subliminar e perversa: "Isso, morram afogados, desabrigados, mas trabalhando por nós". E o mais louco é que ainda nos fazem sentir culpados, estranhos, pensando: "Santo Deus, ainda bem que a minha zona é bem alta e eu estou seguro!" Ok, Jornal Hoje, já entendemos tudo. Mas precisa mesmo das lágrimas dessa pobre senhora? Ah, ela vai ganhar alguma ajuda da Santa Mídia, é claro. E vocês também! Porque a nossa ajuda ajuda vocês a ter mais notícias como essa - paralisadora dos cidadãos - amanhã e depois de amanhã, o que não vai ajudar em absolutamente nada. Só a formar mais seres catatônicos. Rá! Descobri o enigma! Hum.. Tarde demais, lá vem eles, com receita de bolo fofinho de maçã... Ah, Jornal Hoje... Tu és uma mãe narcísica e castradora! Mo
quarta-feira, 23 de março de 2011
domingo, 20 de março de 2011
Cavalete de Esperanças
Lua leve e branca,
Leva de mim o escuro
Lua suave e redonda.
Lua vermelha
Não há mais cinza
Em tuas entranhas.
Agora pintas o céu
Sorrateira e risonha.
Vem Lua, vem me acordar
Tu estás tão clara, tão branca
Vem me ensinar a pintar
Como em cadernos de crianças.
Tu que és tão imensa, Lua
Que às vezes me assusta de amarelo
Vem colorir o meu singelo
Cavalete de esperanças.
Não Lua, não vá
Assim tão rapidamente
Levas a noite contigo
E agora somes no limbo
Poderosa e insolente.
Lua, fica.
Tu estás ficando transparente
E nem me contaste ainda
O motivo deste verde.
Ensina-me, por fim
A sumir em teu azul
E delicadamente deixar o dia
Ensina-me viver feliz, Lua
Assim tão longe da alegria.
Morgana Rech
quinta-feira, 17 de março de 2011
monotonamente feliz
- Oi!
- Oi!
- Tudo bem?
- Tudo bem.
- Como é que tá?
- Tudo certo,e tu?
- Tudo bem!
- Tudo bem?
- Tudo certo!
- E como vão as coisas?
- Tudo bem, e tu?
- Tudo certo!
- Tudo certo?
- Sim, tudo bem.
- E no mais? Como é que andas?
- Tudo certo e contigo?
- Tudo tranquilo.
- Tudo tranquilo?
- Sim, tudo bem...
- Ah, tá...que bom então!
- Pois é, comigo realmente vai tudo bem e me pareces que contigo também, não?
- Sim, tudo bem. Aliás, vai tudo muito bem obrigado.
- Comigo também, creio que se melhorar estraga!
- Que bom então...
- Entaõ tá, tenho que ir...
- Bom então só posso te desejar um pouquinho de felicidade!
- Felicidade? Ah, muito obrigada, faz anos que não a vejo.
- Como assim???
- Simplesmente nunca vi a felicidade!
- Mas dissestes para mim que estava tudo bem!
- Sim, está tudo bem, mas...
- Mas o que, então não és feliz?
- Sim não sou feliz, pois nunca senti a felicidade.
- E como dizes que está tudo bem?
- Para mim está! E é justamante a carência de felicidade que me deixa feliz.
- Porque???
- Assim como nunca a tive, não sinto sua falta...
- Mas...
- E por não sentir sua falta, nada reclamo da vida e tudo que vier, vem bem!
- Hum... isso é alguma seita religiosa?
- Não, é apenas a maneira como eu me adaptei a vida.
- E se sentes bem assim?
- Sim, nada tenho a reclamar.
- Se é assim então tudo bem.
- Ok, tudo bem.
- Sim, tudo certo!
- Mas só uma coisa.
- O que?
- Sabe a felicidade que me desejaste?
- Sim.
- Gostaria de reoferecê-la a ti!
- Mas porque?
- Creio que fará melhor uso dela. Tens um rosto de quem é viciado em felicidade.
- O que?
- Sim, e acho que nem toda a felicidade do mundo não o fará feliz.
- Como?
- Calma, eu tenho que ir e foi um prazer ter conversado contigo!
- Eu...
- E por mais que não te satisfaça com a parcela de felicidade que Deus te deu, não se esqueça que nem tudo é felicidade, e que na verdade não podemos viver sem o mínimo de tristeza! Tchau!
- ...
- Oi!
- Tudo bem?
- Tudo bem.
- Como é que tá?
- Tudo certo,e tu?
- Tudo bem!
- Tudo bem?
- Tudo certo!
- E como vão as coisas?
- Tudo bem, e tu?
- Tudo certo!
- Tudo certo?
- Sim, tudo bem.
- E no mais? Como é que andas?
- Tudo certo e contigo?
- Tudo tranquilo.
- Tudo tranquilo?
- Sim, tudo bem...
- Ah, tá...que bom então!
- Pois é, comigo realmente vai tudo bem e me pareces que contigo também, não?
- Sim, tudo bem. Aliás, vai tudo muito bem obrigado.
- Comigo também, creio que se melhorar estraga!
- Que bom então...
- Entaõ tá, tenho que ir...
- Bom então só posso te desejar um pouquinho de felicidade!
- Felicidade? Ah, muito obrigada, faz anos que não a vejo.
- Como assim???
- Simplesmente nunca vi a felicidade!
- Mas dissestes para mim que estava tudo bem!
- Sim, está tudo bem, mas...
- Mas o que, então não és feliz?
- Sim não sou feliz, pois nunca senti a felicidade.
- E como dizes que está tudo bem?
- Para mim está! E é justamante a carência de felicidade que me deixa feliz.
- Porque???
- Assim como nunca a tive, não sinto sua falta...
- Mas...
- E por não sentir sua falta, nada reclamo da vida e tudo que vier, vem bem!
- Hum... isso é alguma seita religiosa?
- Não, é apenas a maneira como eu me adaptei a vida.
- E se sentes bem assim?
- Sim, nada tenho a reclamar.
- Se é assim então tudo bem.
- Ok, tudo bem.
- Sim, tudo certo!
- Mas só uma coisa.
- O que?
- Sabe a felicidade que me desejaste?
- Sim.
- Gostaria de reoferecê-la a ti!
- Mas porque?
- Creio que fará melhor uso dela. Tens um rosto de quem é viciado em felicidade.
- O que?
- Sim, e acho que nem toda a felicidade do mundo não o fará feliz.
- Como?
- Calma, eu tenho que ir e foi um prazer ter conversado contigo!
- Eu...
- E por mais que não te satisfaça com a parcela de felicidade que Deus te deu, não se esqueça que nem tudo é felicidade, e que na verdade não podemos viver sem o mínimo de tristeza! Tchau!
- ...
bbA
quarta-feira, 16 de março de 2011
quarta-feira, 2 de março de 2011
Partida bêbada:
Com um ato isolado me abandonas
Como uns gatos me passam as horas,
Desajustados.
Olho tão triste o relógio de ponteiros quebrados
E sempre as horas são duas duplas iguais,
Faço um pedido, tu.
Em minha frente nada, e angustiada a angústia cresce
revelo...giros do lápis sob o papel pequeno e branco,
Como um guardanapo de bar!
Nesse bar a imaginação senta vermelha
Para pedir um gole à mais do teu conhaque envelhecido.
Ainda penso no mundo, vivo mil realidades...
Em acordá-lo num beijo único, molhado
de tão crua verdade, e último.
Canso porque estou no fim e a garganta se torna seca!
Imagens que apenas assombram teimosas... o peito.
Cada um dos dedos caem para o lado, instantânea morte.
O mundo tem um cheiro cruel, encontro doenças da solidão
deslizo pelo corrimão do mapa geográfico alugado.
Só um vento e adivinho: tu não vai querer ouvir ao lamento.
Paola.
Com um ato isolado me abandonas
Como uns gatos me passam as horas,
Desajustados.
Olho tão triste o relógio de ponteiros quebrados
E sempre as horas são duas duplas iguais,
Faço um pedido, tu.
Em minha frente nada, e angustiada a angústia cresce
revelo...giros do lápis sob o papel pequeno e branco,
Como um guardanapo de bar!
Nesse bar a imaginação senta vermelha
Para pedir um gole à mais do teu conhaque envelhecido.
Ainda penso no mundo, vivo mil realidades...
Em acordá-lo num beijo único, molhado
de tão crua verdade, e último.
Canso porque estou no fim e a garganta se torna seca!
Imagens que apenas assombram teimosas... o peito.
Cada um dos dedos caem para o lado, instantânea morte.
O mundo tem um cheiro cruel, encontro doenças da solidão
deslizo pelo corrimão do mapa geográfico alugado.
Só um vento e adivinho: tu não vai querer ouvir ao lamento.
Paola.
nada como a páscoa
Carnaval, ah Carnaval
Porque levas meus amigos daqui?
Carnaval meu querido
Porque esvazias esta cidade?
E, agora, quando saio na rua
só vejo fantasmas...
Me resta apenas
falar com as pombas,
que são fiéis à cidade e a mim
E se não as encontrar hoje,
simplemente falarei sozinho,
Escutando ao fundo
o som do repinique
E imaginando o carnaval
passar ao meu lado
Fingirei estar alegre e feliz,
comprarei confetes e bichiguinhas
E no útimo dia, no enterro dos ossos,
rumarei para a rodoviária
E receberei com festa a chegada...
...de todos nós
Bba
terça-feira, 1 de março de 2011
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