tchau
tudo bem
tudo bom
e ai
beleza
firme
na boa
tranquilo
que nem baile...
chê
cara
meu
mano
bródi
vê
se
te
lê
antes
de
te
vê
depois
não
reclama
BBA
***
Vão
Vão todos, sem mim.
Encontrem-se no topo de seus montes
Levantem suas bandeiras - e gritem -.
Ah, me gritem alto!
Que daqui parada não os ouço
Acolham-se por entre suas navalhas - soltas -
E abracem-se...
...Mas apertem-se tão distantes
Que já nem possam mais largar-se!
E quando, de tão juntos...
De tão – miseravelmente – marcados!
Não mais avistarem nossa antiga poesia...
Sentem-se aos montes e bebam!
Nas mesas esparramem suas marcas
Embriaguem-se com suas próprias mentiras
Cuspam uns nos outros
...Cada gota que já caíra sobre vossa cabeça.
Cada desesperada tormenta que lhes subira à boca
Cada noite que ainda adormecem com a solidão.
Vão... Mas deixem seus nomes
Deixem suas marcas, seus orgulhos,
E seus momentos vãos.
Subam ainda além dos montes
E entreguem-me seus amores
No ápice de tua desilusão.
Eu? (...)
Hoje tudo que posso prometer
Amigo, é devolver-te em poesia.
...Te devolvo, um dia
Tua vida perdida
N'alguma página de um livro
Mo
Fernando Saldanha
***
- Esse menino só não esquece a cabeça por que está grudada no corpo! – diz a mãe preocupada.
- Não esquece a cabeça, menino! – diz o pai precavido.
Esquece! Só por umas horas.
Perde a cabeça, menino!
Esquece a limpeza, menino!
Esquece a riqueza. Só por umas horas.
Vai, brinca na terra que a terra vale ouro!
Rola na grama, que é teu tapete, teu valioso tapete!
Vai que o mundo é hostil só para quem perde tempo escondido!
Deixa o medo da morte pros velhos, deixa que eles resmunguem!
Depois junta a cabeça, menino,
Que ela vai estar bem mais leve!
Felipe Nino Prestes