Sentei no banco esguio da fome,
postei-me na fila cara da doença,
banhei-me na nascente cinza da valeta,
rezei ajoelhado no cordão da calçada,.
bebi o aroma do pano de borracharia,
dormi no canteiro de britas e urina,
acordei com um boleio na bunda,
garimpei mofo, o ouro das minas de lixo.
Fui poste de concreto enfeitando as ruas,
cara feia que repugna e tampa o nariz.
Fui moeda do nojo que se engana
e merda de cachorro fedendo nas praças...
Ainda seria,
se não tivesse,
cheio de alegria,
em meu novo abrigo.
Finalmente Minha Casa
o Jazigo.
Fernando Saldanha
O Livretu é um...
- Livretu
- Porto Alegre, RS, Brazil
- Blog dedicado à livre literatura. Poemas, contos, crônicas, músicas, palavras ao vento... e o que te fizeres viajar pela imaginação. O LIVRETU é livre, e surgiu da idéia de alguns amigos dividirem suas produções, delírios, sonhos, alegrias e letras. Envia tuas composições também! Faça parte dessa grande esfera literária. É livre. E como fala nosso grande Drummond: Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação (duvidosa) da vida, Mas a poesia (inexplicável) da vida. Envia para livre_tu@hotmail.com tuas idéias. O blog já fez 2 anos e comemora com uma mini-edição impressa e uma confraternização de artes, o ORGIARTE, ambos indo para a sétima edição.
GALO CINZA DA FRONTEIRA OESTE!
ResponderExcluir"SOMOS QUEM NEM PESTE DA FRONTEIRA OESTE COMO NOSSOS PAIS.E NÃO HÁ MAL QUE SEMPRE DURE E NÃO A BEM QUE NUNCA ACABE!!"