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Blog dedicado à livre literatura. Poemas, contos, crônicas, músicas, palavras ao vento... e o que te fizeres viajar pela imaginação. O LIVRETU é livre, e surgiu da idéia de alguns amigos dividirem suas produções, delírios, sonhos, alegrias e letras. Envia tuas composições também! Faça parte dessa grande esfera literária. É livre. E como fala nosso grande Drummond: Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação (duvidosa) da vida, Mas a poesia (inexplicável) da vida. Envia para livre_tu@hotmail.com tuas idéias. O blog já fez 2 anos e comemora com uma mini-edição impressa e uma confraternização de artes, o ORGIARTE, ambos indo para a sétima edição.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009


Conheci Luiz de Miranda num tempo em que a solidão

(provisória)

e o medo tomaram conta do Brasil.

A besta fera andava à solta

calando bocas, quebrando dentes.

Conheci o poeta Luiz naquele tempo

amargo, doente e reticente.

Tempo de telefones grampeados

soldados, mordaças e barreiras.

Conheci o poeta num tempo de poucos amigos,

desconfianças e paranóias.

Mas, os poetas, loucos e boêmios,

não respeitam regras nem responsabilidades.

E foi justamente nessa época,

que nos tornamos solidários e cúmplices.

Entre Trinta copos de chopp,

trinta homens sentados,

trezentos desejos presos,

trinta mil sonhos frustrados.

No Luna Bar do Leblon,

conheci Luiz de Miranda

o poeta da Uruguaiana.

COM SEUS SIGNOS,

SUA TERNURA,

SUA PALAVRA,

SEU ÓCULOS

E SEU CHAPÉU.



Olinda, Patrimônio da Humanidade, 8 de Janeiro de 1987, Alceu Valença.
Luiz de Miranda participou da Luta Armada contra a Ditadura Militar. Foi perseguido por muito tempo. Teve duas prisões. Recebeu Indenização Máxima do governo do estado do Rio Grande do Sul pelas prisões e torturas.

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