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Blog dedicado à livre literatura. Poemas, contos, crônicas, músicas, palavras ao vento... e o que te fizeres viajar pela imaginação. O LIVRETU é livre, e surgiu da idéia de alguns amigos dividirem suas produções, delírios, sonhos, alegrias e letras. Envia tuas composições também! Faça parte dessa grande esfera literária. É livre. E como fala nosso grande Drummond: Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação (duvidosa) da vida, Mas a poesia (inexplicável) da vida. Envia para livre_tu@hotmail.com tuas idéias. O blog já fez 2 anos e comemora com uma mini-edição impressa e uma confraternização de artes, o ORGIARTE, ambos indo para a sétima edição.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Flores Mortas



Eu quero renascer para a poesia

Viver só e distrair minha agonia

Em versos

Em vida

Em nada

Agora, já não quero mais nada

Minhas forças se resumem a nada

Enclausurada

Nessas vestes que não são minhas

E é por isto, só por isto:

Afirmação de mim

Que escrevo essas linhas

(Questão de sobrevivência)

Sei que à noite não terei comigo

Aqueles amigos

Para cultivar indecências

Ó, horror a tudo que não é nada!

E de que servem as flores

Senão para cobrir de vaidade

Os olhos que se enfeitam

Dos vasos

Dos cadáveres

Dos amores?

As flores secam

E sem seus perfumes

Sem suas cores

São nada.

Eu quero nada!

Para que sejam cultivadas

As flores mortas do meu peito

Depois, quero uma boa madrugada

Para encharcá-las de mim

Assim, cumpro com eficiência

Um dos fins da humanidade:

Preencher o nada!

(Em meu pobre peito)

Flores mortas a olhos tortos

Eram nada

Hoje, movem minha poesia.

Lud

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