O Livretu é um...
- Livretu
- Porto Alegre, RS, Brazil
- Blog dedicado à livre literatura. Poemas, contos, crônicas, músicas, palavras ao vento... e o que te fizeres viajar pela imaginação. O LIVRETU é livre, e surgiu da idéia de alguns amigos dividirem suas produções, delírios, sonhos, alegrias e letras. Envia tuas composições também! Faça parte dessa grande esfera literária. É livre. E como fala nosso grande Drummond: Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação (duvidosa) da vida, Mas a poesia (inexplicável) da vida. Envia para livre_tu@hotmail.com tuas idéias. O blog já fez 2 anos e comemora com uma mini-edição impressa e uma confraternização de artes, o ORGIARTE, ambos indo para a sétima edição.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
PENSAMiNTO
Minto que penso, quando...
Apenas sinto.
Sento e...
Desminto.
Posso ser apenas
Um sentimento misto?
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Café Tortoni, Bs As
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Discurso Direto
Eu poderia simplesmente pedir que você casasse comigo, e me fizesse feliz por toda a vida. E eu iria chorar rios de lágrimas em sentir o que você supostamente estaria sentindo nesse momento. E eu daria qualquer coisa para estar na sua pele, e mudar seus sentimentos, ou pensamentos. Ou então, eu poderia lhe pedir que cantasse uma música suave em meu ouvido, e me puxasse para dançar lentamente, cantando suavemente, com sua voz grave; na rua, no parque, no metrô, no supermercado, em qualquer lugar, onde só existissem nossos corpos satisfeitos. Os dois. Corpos completos. Os dois. Livres e sem marcas tristes nos olhos, sem roupas que nos rotulassem, sem qualquer sinal de infelicidade. Eu poderia te contar sobre minha vida triste, ou feliz com você, te beijar os olhos, e dentro deles enxergar minha alma nas nuvens ou na lama. Beijar seus lábios doces, e te abraçar fortemente como se estivéssemos grudados para todo o sempre, como havíamos combinado antes. Olhar sua face maviosa, e lembrar-se de cada pedaço seu dentro do meu corpo; agora, meu corpo mais morto do que vivo; por dentro ainda restam esperanças significativas, mas por fora só resta o que eu chamo de corpo ideável, como algo que ainda se pode idear. Sentiria por você aquilo que ninguém sentiu antes, nem confiou antes pra você. Eu. Inteira. Imersa em sua vida de corpo e alma. Mesmo com ela na lama, ou feliz por ter a sua alma por perto. E sentiremos juntos, a mágica dominação de duas almas quentes dentro de nós. Imobilizadas por nossas veias escorregadias. No crepúsculo daquela rua, estaríamos emaranhados como dois pássaros livres, contando sua liberdade majestosa e serena. E agora aqui, drasticamente eu sinto meus pés gelados, e minhas mãos temerosas neste texto tão complexo, onde o duelo é comigo mesma e meus sentimentos tão, tão atraentes por você. Se eu fosse qualquer outra pessoa, com qualquer outra vida, com qualquer outra alma, com qualquer outra personalidade, eu poderia ficar aqui dando voltas nos assuntos, eu poderia lhe falar sobre Galileu Galilei, por exemplo, e de como antes de seu nascimento todos acreditavam que a terra era o centro do universo e que o sol girava em torno dela. E você iria perceber neste simples exemplo, como o que achamos ser certo agora, amanhã pode ser errado e frustrante para o resto de nossas vidas. Mas o fato é que eu vou direto ao ponto alto da “coisa”. No eixo de cada detalhe minucioso, que para mim são ricos em deixar o “outro” em confusões neurológicas, e é isso que me agrada muito. Porque eu sei pouco sobre a vida, mas o que sei dela, é que é curta e passageira, que pensar em você é adorável, e que você sempre será meu, aqui dentro do peito que bate forte feito a velocidade do vento quando anuncia temporal e que é aqui dentro, o seu único habitat natural. E depois de tanto discurso direto, você só precisa saber, que acaba com todos os meus Medos.
Priscilla Leme
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Buceta
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Jardim do Limbo
Num parque sem diversões!
Egoísmo é botão de flor...
Fechado em quatro estações.
E quando for Primavera
. . .
Será que um sorriso teu irá desabrochar?
Nonemacher, Pablo
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Gravador de Bolso
Creio até que já estou escrevendo!
Percebí isso hoje,
Quando me conduzia de um lado para outro
E tive algumas idéias, agora já mortas,
Pois não as lembro e nem as anotei...
Idéias estas que naquela hora
Faziam muito sentido a minha pessoa,
A ponto de até ter tido um momento de glória comigo mesmo.
Agora há pouco, minutos atrás,
Quando cortava cebolas para a janta,
Novamente me vieram divagações
As quais gostaria de tornar públicas
Mas devido a falta de vontade de largar a faca, para pegar a pena,
Não as arquivei, mas senti...
A necessidade de algumas palavras se tornarem vivas
Fazerem parte da minha vida, e da vida dos outros...
Peguei a pena, sem pensar.
Apenas para ver se sou capaz, se ainda sou capaz
De me reescrever, de me iludir com novas idéias
Acreditar em uma possível metamorfose, transcendência,
Transformação do eu ao não eu....
Bruno Arámburu
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
O PALHAÇO
O circo está armado,
O espetáculo vai começar,
Em cartaz o espetáculo chamado vida!
Sentem-se Senhoras e Senhores,
Meninos e meninas,
Que o show vai começar.
No picadeiro o show é do palhaço
Que brinca,
Que ri,
Que conta piadas e histórias das mais divertidas
E que com suas graças faz a todos rir.
Cada número,
Cada ato do palhaço é mais um riso,
É mais uma graça.
A alegria a todos contagia,
E ao fim de cada número,
A multidão está em delírio
Imersa em risos e alegria.
A cada nova cidade,
A cada novo palco
Lá vai ele mais uma vez,
Com a cara pintada,
Com as roupas coloridas
Levar alegria.
Mas o que todos não percebem
É que por trás de tanta graça
Ele se esconde,
Ele esconde seus problemas.
No fundo aquele que transmite tanta alegria
É uma pessoa triste, sozinha
Que precisa estar no centro do picadeiro
Que precisa de todos os aplausos
Para não se sentir vazia.
Cuidado, o que se vê pode não ser, será?
Paula Türck
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Boicoto-me!
As minhas manhãs-matutinas
são paulatinamente boicotadas
Anulo-me
As tantas possibilidades
de afeto com seres humanos
estão aos poucos ficando rasas
Escassas!
Saber o caminho e não dar o passo
ter o colo de um seio, a maçã de um rosto
e, como um "toulo", fazer pouco caso?
Buracos!
Ando como se marchasse
sobre chãos de algodão-doce
O mar
horizontal
me chama
e é lá que eu vou estar
depois que a inércia
arrumar as malas
e sumir daqui!
Cansa e é ranso.
Murilo Nunes